Pelo título concluimos que é um filme de máfia, sobre gangsters. Quando começamos acompanhar a vida do personagem de Russell Crowe, pensamos que o longa é um polícial. Mas na verdade, é bem mais do que uma classificação de gêneros. O filme de Ridley Scott, sobre a ascenção de Frank Lucas no poder das ruas do Harlem, nos comunica sobre posturas de homens em busca do sucesso.
Como em ping-pong, de Denzel para Russell e vice-versa, o filme alterna em nos mostrar a vida dos personagens destes dois sujeitos. O primeiro, um ex-motorista de um poderoso homem da máfia, em busca de ser melhor que o seu mentor. O segundo, um polícial com escrúpulos profissionais, mas sem nenhum sucesso na vida pessoal, querendo cumprir com todo afinco seu trabalho.
Por conta deste passa e repassa sobre a vida dos dois personagens, o filme nos empolga, pois percebemos que Crowe e Washignton são bem parecidos, são percistente, dedicados e apaixonados pelo que fazem.
O filme nos proporciona ótimo deleite para os olhos por conta da ótima fotografia, com um roteiro longo, mas explicativo; excelentes atuações e uma história de tirar o folego. Nem parece que tudo aquilo aconteceu de verdade.
Não comparem com Poderoso Chefão. Pode até ser um novo "os intocáveis", por misturar policia com máfia, só que com muito mais conteúdo, menos cenas de ação e menos mitologia, sem enegrecer totalmente o papel de um traficante, nem enobrecer o papel de um policial. Vemos lados bons em Frank Lucas, e o lado cafageste do policial que quer prende-lo, com a diferença que ele era totalmente limpo em seu serviço, o que nos faz torcer por ele mesmo com as suas tendencia erradas (outro ponto que nos faz lembrar o filme de Brian dePalma).
O filme é bom, parece violento demais, ou muito chamativo para o seu lado artistico, mas te prenderá do começo (ou do meio) ao fim.
